Anna Carolina Jatobá que assassinou brutalmente a enteada, recebe saidinha do dia das crianças

Presa pelo assassinato da enteada em 2008, Anna Carolina Jatobá de 41 anos, cumpre 26 anos de prisão semiaberta no presídio de Tremembé em São Paulo e deixou a prisão para a saidinha do dia das crianças. As detentas têm direito a 35 dias de liberdade por ano em datas comemorativas.

RELEMBRE O CASO

Isabella Nardoni, que hoje teria 16 anos, foi brutalmente assassinada aos 5 pela madrasta e pelo pai Alexandre Nardoni que tinha direito a visita quinzenal; o casal tem dois filhos juntos. Isabella foi jogada do sexto andar, do quarto dos irmãos.

O crime aconteceu na Vila Guilherme, um bairro de classe média em São Paulo, no dia 29 de março de 2008 e chocou o Brasil.

O pai e a madrasta foram condenados por homicídio doloso qualificado. O crime recebeu o nome de Caso Isabella Nardoni.

Anna Carolina foi condenada a 26 anos e 8 meses de prisão, o pai, Alexandre Nardoni,  foi condenado a 31 anos.

No apartamento onde o crime ocorreu moravam a madrasta, o pai e os dois irmãos que, na época, tinham onze meses e três anos.

O porteiro foi a primeira pessoa a ver Isabella no gramado. Ele contou à polícia que escutou um barulho forte e viu a menina no chão. O vizinho do primeiro andar ouviu o barulho e acionou a ambulância, ele contou à polícia que Alexandre tentou ouvir o coração de Isabella e que ele o repreendeu para não tocar e prejudicar o estado da vítima. 

Durante 34 minutos paramédicos tentaram reanimá-la.

MENTIRAS E CONTRARIEDADES

Alexandre mentiu para polícia, alegando que o apartamento teria sido assaltado e que os assaltantes teriam atirado Isabella pela janela. No entanto, um delegado apontou os erros: não houve arrombamento na casa, não houve indícios que algum estranho tenha estado no prédio e não faltava nenhum pertence. 

Segundo o promotor Francisco Cembranelli, a perícia encontrou gotas de sangue tanto na entrada do apartamento quanto no chão do quartos dos irmãos de Isabella e na tela da janela de onde ela foi jogada; além de ter sido encontrado vestígios de sangue na maçaneta da porta de entrada, nos dormitórios, no corredor e no lençol onde Alexandre mentiu dizendo ter colocado Isabella adormecida. 

O sangue era tão visível que o delegado percebeu no momento que chegou. Tentaram remover manchas de sangue, conseguiram remover algumas, mas os equipamentos periciais detectaram a alteração. 

Cembranelli observou que Isabella teria sido jogada cuidadosamente do sexto andar do prédio, introduzida no buraco da tela de proteção e, delicadamente, teve as mãos soltas, descartando a narrativa de Alexandre visto que um bandido não teria cuidado para arremessar a menina. Se Isabella tivesse sido arremessada do seu quarto teria caído sobre o piso de granito e sofrido danos físicos ainda maiores.

Na perícia complementar, os policiais encontraram peças de roupa de Alexandre no banheiro em um apartamento inabitado do sexto andar que pertence a irmã dele, além de manchas de sangue no interior do carro da família.

BRUTALIDADE NO CRIME

Uma das vizinhas do prédio contou ter ouvido os gritos de uma menina pedindo socorro mas que não saiu do apartamento. Dois depoimentos relatam gritos de desespero de uma criança. 

A investigação concluiu que a tela de proteção foi propositalmente cortada para que Isabella fosse jogada. Ela foi lançada pelos pulsos, a marca das suas pequenas mãos e dos seus joelhos ficaram logo abaixo da janela. A menina caiu de lado e fraturou o pulso.

Os laudos apontaram que Isabella (de apenas cinco anos) foi asfixiada antes de morrer e foi encontrado vômito na camisa do pai, tinha marcas no pescoço e manchas no pulmão, trauma no crânio, teve um osso da mão esquerda quebrado – provavelmente por meio de torção quando ainda estava viva. , trauma na língua e nos dentes, lesões petequiais no coração e no pulmão.

Foi encontrada uma hemorragia no cérebro, o que os legistas chamam de Síndrome da Criança Espancada. Tinha machucados no antebraço direito, o que indica que ela pode ter tentado se agarrar na tela de proteção pouco antes da queda.

Legistas descartaram a queda pelo baixo número de fraturas.

REVOLTANTE

A assassina, Anna Carolina Jatobá, trocou cartas de amor com o marido na prisão, os dois se preocupavam com os filhos nas cartas.

A criminosa se dedica a religião, a cozinha comunitária, já pode sair para trabalhar, pode conviver com os filhos, concede entrevistas exclusivas como uma celebridade, isso tudo apenas pouco mais de dez anos depois do assassinato da enteada Isabella Nardoni.

Anna é amiga de Suzane, uma dupla de “matar”.

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