Psicólogos na escola sim! Entenda a importância dessa demanda.

O veto presidencial, PLC 60/2007 (PL 3.688/2000), foi derrubado e escolas públicas passarão a ter atendimento psicológico.

A notícia foi divulgada ontem, 27/11, no portal de notícias do Senado.

Muitos alunos = muita demanda

Segundo o INEP, o sistema de ensino brasileiro, considerando os estabelecimentos particulares, tem 53 milhões de alunos. Os dados do MEC de 2018, mostraram que o Brasil tem 184,1 mil escolas – 112,9 mil são escolas municipais.

Psicologia Educacional e Psicologia Escolar não a mesma coisa

A Psicologia Educacional trabalha nos fenômenos psicológicos no processo educativo. E a Psicologia Escolar trabalha no processo de escolarização, observando a escola e os vínculos construídos por essa relação, otimizando processos educativos, observando os fatores de ordem subjetiva, pedagógica e organizacional.

Afinal, o que um Psicólogo faz na escola?

Por norma, o Conselho Federal de Psicologia (CFP) estabelece regras sobre esse atendimento, na Resolução Nº 13/2007, pg 18:

I – Psicólogo especialista em Psicologia Escolar/Educacional :

Atua no âmbito da educação formal realizando pesquisas, diagnóstico e intervenção preventiva ou corretiva em grupo e individualmente. Envolve, em sua análise e intervenção, todos os segmentos do sistema educacional que participam do processo de ensino- aprendizagem.

Nessa tarefa, considera as características do corpo docente, do currículo, das normas da instituição, do material didático, do corpo discente e demais elementos do sistema.

Em conjunto com a equipe, colabora com o corpo docente e técnico na elaboração, implantação, avaliação e reformulação de currículos, de projetos pedagógicos, de políticas educacionais e no desenvolvimento de novos procedimentos educacionais.

No âmbito administrativo, contribui na análise e intervenção no clima educacional, buscando melhor funcionamento do sistema que resultará na realização dos objetivos educacionais.

Participa de programas de orientação profissional com a finalidade de contribuir no processo de escolha da profissão e em questões referentes à adaptação do indivíduo ao trabalho.

Analisa as características do indivíduo portador de necessidades especiais para orientar a aplicação de programas especiais de ensino. Realiza seu trabalho em equipe interdisciplinar, integrando seus conhecimentos àqueles dos demais profissionais da educação.

Para isso realiza tarefas como, por exemplo:
a) aplicar conhecimentos psicológicos na escola, concernentes ao processo ensino aprendizagem, em análises e intervenções psicopedagógicas; referentes ao desenvolvimento humano, às relações interpessoais e à integração família-comunidade-escola, para promover o desenvolvimento integral do ser;
b) analisar as relações entre os diversos segmentos do sistema de ensino e sua repercussão no processo de ensino para auxiliar na elaboração de procedimentos educacionais capazes de atender às necessidades individuais;

c) prestar serviços diretos e indiretos aos agentes educacionais, como profissional autônomo, orientando programas de apoio administrativo e educacional;
d) desenvolver estudos e analisar as relações homem-ambiente físico, material, social e cultural quanto ao processo ensino-aprendizagem produtividade educacional;
e) desenvolver programas visando a qualidade de vida e cuidados indispensáveis às atividades acadêmicas;
f) implementar programas para desenvolver habilidades básicas para aquisição de conhecimento e o desenvolvimento humano;
g) validar e utilizar instrumentos e testes psicológicos adequados e fidedignos para fornecer subsídios para o replanejamento e formulação do plano escolar, ajustes e orientações à equipe escolar e avaliação da eficiência dos programas educacionais;
h) pesquisar dados sobre a realidade da escola em seus múltiplos aspectos, visando desenvolver o conhecimento científico.

Demandas crescentes

Atualmente, o Brasil enfrenta taxas de suicídio altíssimas! Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), no Brasil uma pessoa morre por suicídio a
cada 45 minutos. Os dados de 2018 apontam que 800 mil pessoas morrem por suicídio anualmente, sendo ele a principal causa de morte de jovens com idade entre 15 e 29 anos.

Veja nossa matéria sobre esse tema. [Acesse Aqui]

Um artigo aponta que devido os grandes casos de violência escolar registrados nos últimos anos, e segundo estatísticas, os jovens entre 10 e 21 anos, estão entre os que mais matam e morrem no mundo. O, popularmente chamado, bullying ( atos de violência física ou moral, intencionais e repetidos, praticados por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, sendo executadas dentro de uma relação desigual de poder.)

“É muito custoso para o Estado”

O salário de um Psicólogo Escolar varia de R$ 1.743 reais e R$ 3.927 reais.

Enquanto os deputados federais, até o presente momento, tiveram um gasto de R$ 148.330.545,54 reais, sendo R$ 18.892.197,20 reais de cota parlamentar, R$ 36.573.424,34 reais com passagens aéreas, R$ 6.405.839,38 reais de auxílio moradia e um salário mensal de R$ 33.763,00 reais.

Além de cada parlamentar ter R$ 111.675,59 reais de verba de gabinete (somando um total de R$ 474.709.421,26 reais); e, segundo o portal, encargos trabalhistas como 13º, férias e auxílio-alimentação dos secretários parlamentares não são cobertos pela verba de gabinete – são pagos com recursos da Câmara.

Esses dados constam no PORTAL DE TRANSPARÊNCIA.

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