Feminismo: a histeria coletiva

Apropriação, falsas acusações, ataques de fúrias, descontrole emocional e práticas repulsivas compõem o portfólio feminista.

Por Cláudio R. Garcia e Luciana O Garcia

Resumo histórico

A palavra feminismo foi criada em 1837 por um homem, o filósofo socialista Charles Fourier!

Alexandra Mikhaylovna Kollontai foi precursora da ideologia feminista. Nascida em família nobre, foi casada duas vezes, foi mãe, líder socialista, condecorada por Stálin e queridinha de Lenin. Kollontai buscava a libertação das mulheres promovendo emancipação das mulheres (divórcio), liberação do aborto e amor livre.

Apesar de defender a independência feminista, Kollontai afirmou ser influenciada pelo seu parceiro bolchevique, Chliapnikov: “Ele abriu-me os olhos para muitas coisas; transformou-me.” 

Depois de Alexandra Kollontai, outras feministas vieram.

Em 1920 aparece Zlata Ionovna Lilina, professora infantil, judia, casada e mãe, também foi colaboradora de Lenin, construindo livros infantis sobre o socialista. Lilina orientou:“Devemos resgatar os infantes da influência nociva da vida familiar. Devemos racionalizá-los. Desde os primeiros dias de sua existência, os pequenos devem ser postos sob a ascendência de escolas comunistas para aprenderem o ABC do comunismo… Obrigar as mães a entregar seus filhos ao Estado soviético – eis nossa tarefa”.

Depois é a vez de Simone de Beauvoir surgir em 1949 com a conhecida frase “não se nasce mulher, torna-se” escrita no livro O Segundo Sexo. Nascida em família de classe média alta, Beauvoir apresentou já na infância seus embaraços; incubada com o desejo do pai em ter um filho homem, a filósofa gostava de “compensá-lo” e receber elogios do pai por pensar como homem.

Simone passou a vida com Sartre, aliciando meninas para o triângulo amoroso. Uma aluna, Bianca Lamblin, chegou a relatar a história e o trauma que carregou por toda a vida.

Na segunda onda do feminismo, aparece o nome da ativista feminista Kate Millett. Em seu livro Sexual Politics ela afirma que “Não existe diferença entre os sexos no momento do nascimento. A personalidade psicossexual é, portanto, algo apreendido depois do nascimento.

No entanto, sua irmã Mallory Millett ficaria conhecida ao escrever o artigo O Feminismo Marxista Destruiu Vidas, o que deu início a revelações controversas sobre Kate. 

Mallory esteve presente nas primeiras reuniões da NOW (Organização Nacional das Mulheres) em 1969, junto com a irmã e conta que o grupo contava com cerca de 15 mulheres que tinham como modelo a China de Mao e o grande objetivo era a destruição da família americana. Um dos métodos eram infiltrar instituições escolares, mídias, associações, sindicatos dos professores, bibliotecas e sistemas governamentais (que influenciaria no legislativo e judiciário).

Outro objetivo, segundo Mallory, era normalização de tabus como poligamia, bestialidade, satanismo, pornografia, promiscuidade, bruxaria, pedofilia e etc. Para isso ela diz que Kate passou a contribuir com cursos de Estudos Femininos pelos EUA e examinando os cursos era visível a iniciação ao Marxismo. Kate ensinava que crianças são o proletariado, que as moças eram condicionadas a abortar, ensinava as mulheres serem “piranhas” com orgulho, promovendo orgias, sem regras.

A irmã também fala sobre a falta de sanidade de Kate. Conta que com apenas cinco anos Kate já tramava a morte dela, segundo relato da irmã mais velha Sally. Afirma que Kate tentou matá-la por várias vezes; que era perturbada, megalomaníaca, maléfica, desonesta, sádica, torturadora e gostava de magoar as pessoas. Fala que ela e mãe sentiam terror diante de Kate. A família tentou interná-la compulsoriamente para que recebesse ajuda, Kate relata os episódios nos livros Flying e The Looney-Bin Trip.

Kate Millett declarou ateísmo muito cedo. Conta que o grupo NOW, buscava destruir a masculinidade.

Mallory descreve: 

“Isso foi especialmente verdade depois de um incidente em que eu fiquei presa sozinha com Kate em um apartamento em Sacramento por uma semana e ela não me deixou dormir por cinco dias, enquanto ela vociferava e bradava, os olhos rolando nas órbitas, a boca espumando e batendo papo com “homenzinhos verdes”. Sem conhecer qualquer pessoa em Sacramento, eu não tinha a quem apelar. Aterrorizada demais para dormir, eu não tinha certeza de que ela soubesse quem eu era, mas eu podia imaginar uma faca de açougueiro enterrada nas minhas costas enquanto eu dormia. A irmã mais velha Sally veio de Nebraska para me resgatar.

Depois disso, a família fez um esforço titânico e levou Kate aos tribunais para que ela fosse internada legalmente em Minnesota. Ela contratou um advogado medalhão e feminista de Nova York e conseguiu ser liberada de volta no nosso mundo para ferir, ameaçar e fazer mal a mais gente ainda. Uma vez, ela escreveu um livro inteiro que descrevia a profunda paixão dela pela amante, Sita. A reação de Sita foi se matar. Meu maior temor em relação à Kate sempre foi que, um dia, ela pudesse trucidar uma família de cinco pessoas na Saw Mill River Parkway, quando – calibrada por bebida, vinho, lítio, maconha, e sabe Deus o que mais – ela se lançasse, vociferando e bradando, por aquela estrada perigosa acima. Por muitos anos, eu me preparei para receber essa notícia em um telefonema noturno.”

Ela tinha facilitadores por toda parte. Ela era venerada em todos os sete continentes. Nós realizamos uma intervenção de grande porte com doze pessoas: parentes e amigos, um psiquiatra, duas ambulâncias a postos, vários policiais, e ela conseguiu tapear a nós todos embarcando em um avião para a Irlanda. A “instabilidade” dela, como você mencionou, ficou aparente o bastante tanto para a linha aérea quanto para os policiais de Shannon e ela foi internada pela polícia em um hospital psiquiátrico irlandês assim que saiu do avião, de onde as onipresentes tietes dela – dessa vez, irlandesas – conseguiram empreender a fuga dela no meio da noite por uma janela do segundo andar.

Complementou Mallory Millett: “Agora, nós temos um pesadelo de um exército de militantes feministas:  Lois Lerner, Susan Rice, Loretta Lynch, Sally Yates, Debbie Wasserman Schultz, Huma Abedin, Nancy Pelosi, Oprah Winfrey, Samantha Power, Elizabeth Warren, Cheryl Mills, Maxine Waters, Donna Brazile, além da bandida principal, Hillary Clinton, mentindo pra nós e nos confundindo até chegar ao caos. É isso o que as bandidas criam: caos!”

Após Kate, surge Shulamith Firestone em 1970 com o discurso que a essência da opressão da mulher é a maternidade e a educação dos filhos, ela escreveu:  “Nossa segunda exigência surgirá também como uma contestação básica à família, desta vez vista como uma unidade econômica… Com isso atacamos a família numa frente dupla, contestando aquilo em torno de que ela está organizada: a reprodução das espécies pelas mulheres, e sua consequência, a dependência física das mulheres e das crianças. Eliminar estas condições já seria suficiente para destruir a família, que produz a psicologia de poder, contudo, nós a destruiremos ainda mais.”

Firestone era filha de judeus comerciantes.

Filha de israelenses judeus e criada em seio familiar, Judith Butler aparece em 1980 com a teoria queer afirmando que “a desconstrução da identidade não é a desconstrução da política; ao invés disso, ela estabelece como políticos os próprios termos pelos quais a identidade é articulada.” Sua teoria é uma defesa do que hoje conhecemos como ideologia de gênero, a teoria dos filósofos inspirados por Marx. 

Em 1994, na Conferência de População do Cairo, na Assembleia Geral da ONU foi apresentado pela primeira vez o conceito sobre “gênero”.

Falsas conquistas

Trabalhar: essa é uma das maiores mentiras contadas pelas feministas. Desde os tempos primitivos as mulheres exercem suas funções. Por vários séculos é possível ver uma infinidade de profissões executadas por mulheres: cozinheira, governanta, babá, até mesmo prostitutas.

Estudar: Em 1879 as mulheres foram autorizadas pelo governo a cursar o ensino superior. O direito foi conquistado por intermédio da Igreja Católica que criou diversas universidades. 

Divórcio: Em 1893 foi apresentado ao parlamento uma preposição em favor do divórcio  pelo deputado Érico Marinho.

Direto ao voto no Brasil: Em 1891 Almeida Nogueira, um constituinte, pediu que fossem revistas as condições de voto quando o Congresso Nacional discutiu o tema. Em 1892 31 constituintes assinaram uma emenda chamada Saldanha Marinho, que concedia as brasileiras o direito de votar. 

Nilo Peçanha, Hermes da Fonseca, Rui Barbosa, Barão do Rio Branco, Godofredo Lamounier apoiaram o voto feminino que viria décadas depois quando César Zama, médico e político foi deu início a busca pelo voto feminino; porém a primeira mulher a conquistar o direito ao voto em 25/10/1927, Celina Guimarães, atribui a conquista ao marido Elyseu de Oliveira Viana: “Eu não fiz nada, foi tudo ideia do meu marido!” – afirmou. 

Carlota Pereira de Queiroz, primeira deputada federal eleita, disse: “Eu nunca fui e nem sou feminista!”

Getúlio Vargas quem fez o decreto 21.076/1932 aprovando o Código Eleitoral e o voto feminino.

Mulheres sem apoio feminista

Islâmicas: 

O conjunto de regras de conduta especificada na Sharia, traçam o papel que a mulher deve desempenhar na sociedade. Burca, chador, dupatta, hijab ou litham são de longe o maior problema dessas mulheres. Os homens estão sempre acima delas, seja na vida social ou nas leis e até mesmo na religião. 

Casamentos arranjados ainda na infância, sistema de dotes, em alguns lugares não podem sair sem a companhia de um homem, limitadas a cuidar da casa e da família, regras que estabelecem como o marido pode agredir a esposa. 

Vítimas de violência sexual precisam apresentar quatro testemunhas masculinas para denunciar, caso contrário podem ser punidas por falsa acusação.

Quebra de regras geram punições severas.

Casamento Pedófilo:

No Oriente Médio e na África são comuns casamentos de homens já em idade adulta com crianças. Lugares como Serra Leoa, Níger, Quênia, Tanzânia é comum encontrar garotas de 13 anos casadas e com filhos pendurados nas costas, literalmente. 

Danos e sequelas físicas e emocionais de uma relação sexual precoce, muitas vezes seguida de uma gestação, não são discutidos por feministas em canais midiáticos. 

Um tratado, publicado em janeiro de 2015 por mulheres denominadas Brigadas Khansaa, que apoiam o Estado Islâmico na Síria e no Iraque, “atrai” mulheres para utopia islâmica. 

O documento diz que o casamento infantil é considerado legítimo e que a maioria das meninas se casa aos nove anos, portanto estará casada aos 16-17 anos. Ainda, segundo o documento, a partir desse momento a mulher deve permanecer escondida da visão externa, apoiando o califado atrás das portas fechadas; devem ser educadas sobre os aspectos da religião islâmica apenas entre a idade de 7 a 15 anos. Na sequência fala que o modelo ocidental da mulher emancipada que trabalha fora falhou.

Em 2016 uma menina de apenas seis anos foi trocada por uma cabra, arroz e azeite. O “comprador” foi um homem de 40 anos. O pai da menina e o comprador foram presos, a menina encaminhada para um abrigo sem ter sido violentada.

Já em 2017, o Parlamento de Bangladesh aprovou uma lei que autoriza o casamento de menores de idade, o país é o quarto lugar no mundo com mais casamentos infantis, segundo dados da ONU.

Destruição Cultural:

Bruxaria: Na África crianças suspeitas de serem feiticeiras são torturadas, agredidas, queimadas e muitas vezes mortas! Algumas ainda sofrem torturas apenas para confessarem ter tais poderes sobrenaturais e com muita violência física e psicológica acabam “admitindo”. 

Segundo algumas pesquisas, também há registros similares em alguns países como Bolívia, Guatemala, Haiti, Índia, Indonésia, Irã, Nepal, Paquistão, Arábia Saudita, Síria, Tailândia e México. A maldição pode ser associada com crenças regionais e tem variações:

– gêmeos podem ser separados, mortos, reverenciados ou idolatrados.

– albinos (na Tanzânia) são considerados criaturas mágicas e além de terem partes do corpo amputadas podem ser mortos. Crânio, coração, língua, órgãos genitais, mãos, orelhas e peles são vendidos como se fossem amuletos de prosperidade e também para serem transformados em pós de propriedades mágicas.

Obesidade forçada: na Mauritânia meninas são obrigadas a engordar a partir dos 5 anos de idade, se trata de uma cultura ritualística para conseguir um bom casamento. Segundo dados médicos, há um grande números de mulheres incapacitadas vítimas da obesidade forçada, além de terem diabetes, hipertensão, etc. Muitas dessas meninas tiveram braços e pernas quebrados para forçá-las a comer mais do que suportavam.

Mutilação: cerca de 4 milhões de garotas sofrem com seios amputados em rituais africanos. A prática conhecida como breast ironing é realizado em países como Nigéria, Camarões e África do Sul; com uso de ferro quente os seios de meninas com idade entre 8 e 14 anos recebem batidas e são esmagados para que elas percam a feminilidade, muitas sofrem com complicações e infecções graves. A cultura trata como “preservação da pureza”.

No Quênia, especificamente na tribo de Pokot, meninas passam por mutilação genital. A prática retira um pedaço ou toda a vagina de mulheres e crianças, retirando lábios vaginais e clitóris (ato chamado de infibulação). Segundo a crença, as mães tentam garantir bons maridos as filhas, uma vez que elas passam por uma espécie de “purificação”.

Já em Kavumu, um povoado desconhecido até então, 50 meninas foram estupradas durante três anos em um ritual de magia conhecido como diamante vermelho, o caso foi chamado de “fenômeno Kamuvu”. A crença ritualística acredita que sangue de meninas virgens curam homens do HIV, facilitam empregos, ajudam em batalhas e deixam os homens imunes a tiros.

A jornalista Lauren Wolfe, primeira a divulgar o caso em agosto de 2017, conta que crianças entre 18 meses a 11 anos eram raptadas.

Algumas estavam em cabanas e eram levadas enquanto todos dormiam, eram violentadas por um grupo de homens e depois eles abandonavam essas crianças nos campos. Os pais encontravam a filha muito machucada e abandonada. Uma das meninas resgatadas tinha um ano e meio.

Ações histéricas

Diversas notícias de protestos feministas já estamparam as redes sociais nos últimos anos:

– Feministas urinam em igreja

– Feministas vandalizam catedral da Sé

– Feminista defeca na rua

– Feminista promovem cuspe coletivo

– Feministas vomitam como protesto

– Feministas fazem ato pró aborto

– Feministas simulam Maria abortando Jesus

– Crianças em protesto feminista

– Feministas promovem ataque em massa 

– Feministas de universidade: fazem ato “xereca satânica”, destroem imagens, protestam nuas.

– Feministas ingerem excreção menstrual

– Ação ideológica feminista, anti ética, dentro da psicologia.

Atos agressivos, histéricos, envolvendo ataques a pessoas, ataque ao pudor, desrespeito religioso, violação moral, exposição de crianças ao ridículo. São essas características que estão consolidadas no movimento feminista aqui no Brasil e no mundo. 

Seja em universidade, lugares públicos ou privados, igrejas ou estabelecimentos, os atos feministas têm predominância ações violentas verbais ou físicas.

Relações interpessoais

Corriqueiramente nascidas em famílias abastadas, com formação curricular em escolas particulares, com educação geralmente cristã, o deslumbre com o feminismo surgia após o contato com a filosofia e a descoberta de Karl Marx. 

Algumas constituíram a família tradicional que repudiaram, com filhos, viviam a vida capitalista e recebiam patrocínios de grandes nomes do mercado. Contrariedade que segue nos dias atuais.

Psicopatológico: a histeria coletiva

Em 1987 a psicoterapeuta junguiana Marie Louise von Franz concedeu uma entrevista para a Folha de São Paulo, o tema abordado era sincronicidade. Ao falar sobre feminismo, von Franz diz:

“Uma mulher feminina tem uma inclinação natural ao irracional, a seguir, seus sentimentos ou intuições. 
Assumir papéis masculinos não é necessariamente uma coisa boa. Sou contra o feminismo porque sou contra a masculinização das mulheres. As mulheres precisam resistir ao complexo de inferioridade que levam muitas a imitar os homens. Ao contrário, temo pelos homens do futuro. Pobre homens…”

HISTERIA FEMININA

Pierre Janet: “A palavra histeria, embora sua acepção original esteja muito alterada deve ser preservada. Seria muito difícil, hoje em dia, substituí-la e, na verdade, sua história contém tanta magnitude e beleza que seria muito penoso dela prescindir.”

História

Com origem no grego ὑστέρα (hystera/hysterikos) que significa útero.

A origem da palavra histeria está no grego hystera, que significa útero. O termo histeria foi utilizado na Grécia Antiga pelo médico Hipócrates onde entendia que se tratava de uma condição psicopatológica referente a mulheres, causada por perturbações no útero onde o sangue contaminado chegaria ao cérebro causando convulsões. 

Hipócrates ainda acreditava que a histeria estava relacionada a privação de sexo, dessa maneira o útero estaria dessecado, perderia peso e se deslocaria pelo corpo em busca de umidade; esse processo alteraria a respiração, desenvolveria convulsões, caso o útero subisse até o hipocôndrio e ali estacionasse; se atingisse o coração a mulher teria ansiedade e vômitos.

Primeiros Estudos

Para a Psicanálise, a histeria é uma neurose caracterizada por uma instabilidade emocional. Charcot e Freud, precursores nos estudos sobre o tema, entenderam que os conflitos interiores se manifestam fisicamente: perda do autocontrole devido ao excesso de pânico, doenças psicossomáticas, transtorno de personalidade, paralisia, surdez, cegueira, comportamento disfuncional, desordens convulsivas.

Freud, no século XIX, atendia histéricas, o que contribuiu para construção dos seus estudos sobre o tema. Nos estudos entre 1888 a 1893, estudou sobre os aspectos traumáticos da histeria, com base em Charcot, e construiu sua Teoria da Sedução, onde o trauma vivido pelo paciente histérico teria origem sexual, apontando um abuso sexual vivido na infância. No entanto, um período depois renunciou a teoria da sedução e compreendeu a fantasia, apontando que a origem não seria física e sim de ordem psíquica.

Nos escritos Comunicação Preliminar dos Estudos sobre a Histeria, Freud escreve: “Em outros casos, a conexão causal não é tão simples. Consiste somente no que poderia ser denominado uma relação simbólica entre a causa precipitante e o fenômeno patológico – uma relação tal como as pessoas saudáveis forma os sonhos.” (Freud, 1895/1974, p. 45).

Psicologia Analítica

Carl Jung desenvolveu estudos sobre a histeria em 1901, com início na sua tese de doutorado com orientação de Bleuler, pesquisou sobre a cisão de ideias na esquizofrenia, com experiências de associação, estudando a mente desses doentes. Com as experiências de associação verbal pretendia estruturar psicologicamente a esquizofrenia. O conjunto tornou-se método de exploração do inconsciente e Jung descobriu os complexos afetivos.

Em 1907, Jung escreve sobre A Psicologia da Demência Precoce, em 1908 escreve sobre O Conteúdo das Psicoses; dessa maneira demonstrou que mesmo em distúrbios mais graves, é possível decifrar o sentido de sintomas, estudando os fenômenos que escapavam do determinismo que abrangia, por sua vez, a coincidência de estados psíquicos como sonhos, visões e afins.

Com o uso da Tipologia (Intuição, Sensação, Pensamento, Sentimento), Jung concluiu que a histeria seria um distúrbio extrovertido – a esquizofrenia é introvertida. O histérico projetaria suas dificuldades no mundo externo e nas pessoas com quem se relacionam, esse efeito imediato é o reflexo do interno do paciente; as manifestações regressivas são variadas e buscam “auxílio” de outras pessoas.

Jung diz: “Um aspecto básico do histérico é a tendência constante a ser fazer interessante e a causar boa impressão. O corolário disto é sua proverbial sugestibilidade e sua inclinação a sofrer a influência de outra pessoas. Outro sinal inconfundível do histérico extrovertido é a sua efusividade, que ocasionalmente o leva ao reino da fantasia, a ponto de ser acusado de mentira histérica.” (The Philosophica Tree)

Jung afirmou:O tratamento envolve integração dos conteúdos que se tornaram dissociados da consciência.” (The Philosophica Tree)

Atualidade

Mesmo com avanços no campo científico da medicina, as pesquisas em histeria perderam o enfoque psicopatológico e a histeria está sendo desclassificada como uma fuga para estudos mais elaborados para sua real compreensão.

O CID 10, em 1993 desclassificou a patologia “histeria”, trazendo novos conceitos patológicos. Hoje o diagnóstico costuma ser nomeado como transtorno dissociativo ou conversivo.

Na nova classificação, encontramos no F44 as seguintes sugestões para a patologia:

F44.0 – Amnésia dissociativa

F44.1 – Fuga dissociativa

F44.2 – Estupor dissociativo

F44.3 – Estados de transe e de possessão

F44.4 – Transtornos dissociativos do movimento

F44.5 – Convulsões dissociativas 

F44.6 – Anestesia e perda sensorial dissociativas

F45 – Transtornos Somatoformes

F45.0 – Transtorno de somatização

“Talvez a maioria dos histéricos que frui plenamente de seus sentidos seja doente porque possui grande massa de recordações, dotada de muita emoção e, por isso, profundamente arraigada no inconsciente; já não pode ser controlada e tiraniza a consciência e a vontade do doente. Em mulheres trata-se às vezes de esperança frustrada de amor ou de um casamento infeliz; em certos homens pode ser uma posição insatisfatória ou méritos não reconhecidos.” (JUNG, 2011, p. 113).

Trecho do livro Estudos Alquímicos:

“O psiquiatra tem a tendência de acreditar em toxinas ou coisas parecidas, como sendo os motivos determinantes da esquizofrenia (cisão da mente, na psicose), desatendendo aos conteúdos psíquicos. Nas perturbações psicogênicas como a histeria, as neuroses compulsivas, etc., em relação às quais é impossível evocar os efeitos de toxinas ou a degeneração das células, a cisão espontânea dos complexos é comparada, por exemplo, aos estados do sonambulismo. Para Freud, essa cisão poderia ser explicada pela sexualidade reprimida. Tal explicação não é válida em todos os casos, porquanto a cisão pode desenvolver-se a partir de conteúdos espontâneos do inconsciente, que a consciência não pode assimilar. Nestes casos, a hipótese da repressão não é adequada. Ainda mais, sua autonomia pode ser estudada na vida cotidiana, nos afetos que, contra a nossa vontade e apesar das enérgicas tentativas de bloqueá-los, dominam o eu, mantendo-o sob o seu domínio. Não é, pois, de admirar-se que o primitivo veja nesses casos um estado de possessão ou perda da alma. Na linguagem comum dizemos: “Não sei o que hoje tomou conta dele”, ou “Ele parece estar possuído pelo demônio”, ou ainda: “Ele está fora de si”, etc. No âmbito da prática legal, nas situações passionais, (de afetos) é atribuída à pessoa envolvida apenas uma responsabilidade parcial. Os conteúdos anímicos autônomos fazem parte, portanto, de nossa experiência habitual, e têm ação desintegradora sobre a consciência”.

A Natureza da Psique:

“Uma pessoa histericamente surda que costumava cantar. Um dia o médico sentou-se ao piano, sem que a paciente notasse, e se pôs a acompanhar o verso seguinte, em uma nova tonalidade. Imediatamente a paciente continuou a cantar na nova tonalidade.” (JUNG, 1984, p. 80)

“Uma de minhas pacientes histéricas, uma aristocrata que se considerava, sem razão, uma pessoa infinitamente distinta, encontrava, em seus sonhos, uma série de vendedoras de peixe imundas e prostitutas embriagadas. Nos casos extremos, as compensações se tornam de tal modo ameaçadores, que o medo e a angústia que elas suscitam, levam à insônia.” (JUNG, 1984, p. 236)

“Quase toda a sintomatologia da histeria, das neuroses compulsivas, das fobias e, em grande parte, também da dementia praecox ou esquizofrenia, a doença mental mais comum, tem suas raízes na atividade psíquica inconsciente. Por isto estamos autorizados a falar da existência de uma atividade psíquicas inconsciente.” (JUNG, 1984, p. 81).

Volume I, Estudos Psiquiátricos, e repensar a ideia do inconsciente (e de sua divisão em partes) do seguinte modo:

“Devemos lembrar-nos sempre de que a consciência só é uma parte da psique. Talvez a maior parte dos elementos psíquicos seja inconsciente… O inconsciente pode perceber e associar automaticamente, mas a qualidade de serem conhecidas só a possuem aquelas associações que uma vez passaram pela consciência e, mesmo dessas, muitas podem cair de tal modo no esquecimento que perdem aquela qualidade. Por isso nosso inconsciente deve albergar grande número de complexos psíquicos que nos surpreenderiam pelo seu caráter estranho.” (JUNG, 2011, p. 111)

Independência Feminina sem feminismo

Cleópatra: a maior governante da história. Conquistou o trono aos 17 anos, quando o pai morreu. Conhecida por usar o sexo como instrumentação política, Cleópatra se relacionou com Júlio César, com Marco Antônio, casou-se com os dois irmãos, organizou um exército e matou seu marido/irmão para governar sozinha. Era versada em filosofia, oratória, astronomia e matemática, estima que era fluente em 12 idiomas que adquiriu em suas negociações.

Anita Garibaldi: ficou conhecida como heroína dos dois mundos por lutar ao lado do seu marido em diversas batalhas no Brasil e na Itália. Combateu tropas imperiais, disparou com canhão. Sua casa tornou-se um museu e hoje é homenageada das mais diversas formas.

Cora Coralina: considerada uma das maiores escritoras brasileiras, estudou apenas até a terceira série. Foi doceira, escreveu para o jornal da cidade, foi candidata a vereadora, ganhou a 5º cadeira na Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás, recebeu o título Doutor Honoris Causa na UFG, recebeu o prêmio Juca Pato da União Brasileira de Escritores e hoje sua casa é um museu.

Gerty Cori: primeira mulher a ganhar um prêmio nobel de medicina por melhorar a compreensão sobre diabetes. Conheceu o marido ainda na faculdade, trabalhou em um hospital infantil, com o marido produziu pesquisas e publicações de artigos, uma de suas pesquisas foi nomeada éster de Cori, recebeu diversas homenagens incluindo Cratera de Cori na Lua e em Vênus.

Alice Jacqueline Perry: uma das primeiras engenheiras da história, em 1908.

Maria Quitéria: primeira mulher a entrar em combate pelo Brasil, em 1823, e a primeira mulher reconhecida por assentar praça numa unidade militar pelas Forças Armadas do Exército Brasileiro. Experiente em armas, pesca e caça. Estimulou outras mulheres a entrarem na tropa. Foi promovida a cadete e reconhecida como heroína da independência recebendo de Dom Pedro I o título de Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro. Em 1996 recebeu o título de patrona do Quadro Complementar do exército Brasileiro. Tem diversas homenagens, incluindo um monumento.

Marie Curie: cientista polonesa que estudou, descobriu e isolou os elementos químicos, o polônio e o rádio, junto com Pierre Curie, seu marido. Foi a primeira mulher a ganhar o Prêmio Nobel de Física e a primeira mulher a lecionar na Sorbonne

Maud Wagner: foi a primeira tatuadora dos Estados Unidos em 1907.

Marie Louise von Franz: psicoterapeuta analítica reconhecida mundialmente, continuadora de Carl Jung. Tradutora dos textos em grego, latim e sânscrito, doutora em línguas clássicas em 1940, escreveu mais de 20 livros, analisou cerca de 65 mil sonhos, a primeira pesquisadora a apontar a similaridade da estrutura matemática do ADN com os padrões do I-Ching.

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