Já são 1.532 mortes confirmadas por testes, enfermeiros e médicos reclamam da falta de testes.
Segundo o mapa do Ministério da Saúde, são 25.262 confirmados – que foram testados – até o momento. São Paulo ainda lidera o ranking com 9.371 casos confirmados e 695 mortes.
Exemplo de como o vírus está em uma pessoa contaminada
O Brasil ainda é o país que menos testa na pandemia mundial, em comparação com outros países atingidos. A Alemanha, por exemplo, testa 15.730 para um milhão de pessoas, o Irã realiza 2.755/ 1 milhão de pessoas, os Estados Unidos realizam 7.101/ 1 milhão de pessoas, enquanto o Brasil testa menos de 300 por milhão de pessoas. Os testes só são feitos em pacientes internados por estado grave.
Nas redes sociais, médicos e enfermeiros fazem depoimentos reclamando da falta de testes e da omissão de casos.
Até o momento dezessete testes moleculares e de anticorpos foram autorizados pela Anvisa – sem garantia de qualidade. O sistema de saúde está trabalhando com dois tipos de testes:
PCR: É colocado um cotonete na boca ou no nariz do paciente para coletar. A amostra é enviada para um laboratório para ser analisada e demora cerca de 4 horas para apresentar o resultado. Esse teste é capaz de diagnosticar o vírus no começo da doença, ele encontra o material genético do vírus. Porém, se feito tardio, ele não encontra o vírus, 12 dias depois de infectado o paciente vai receber um resultado negativo mesmo estando com o vírus.
Testes Rápidos: São os testes de anticorpos onde é realizada uma pequena picada no dedo do paciente, a amostra é colocada na máquina e dá o resultado entre 10 e 30 minutos. Se a pessoa tem anticorpos, logo está infectada. Mas esse teste só eficiente depois do sétimo dia de contaminação, se feito antes dá negativo.
Hospitalização
Uma enfermeira explicou como funciona a internação:
Geralmente os casos que chegam no hospital já apresentam insuficiência respiratória, ela vai para UTI e quando acontece uma piora ela precisa ser intubado. Nesse momento, um tubo é introduzido pela garganta indo até a traqueia, se houver desvio da traqueia ou qualquer outra coisa que dificulte, o processo é mais complicado. Para que ocorra a intubação, é necessário que o paciente seja sedado e são aplicadas outras medicações -um acesso periférico não suportaria. Caso isso aconteça, será puncionado um acesso profundo para infundir a medicação direto na veia mais profunda, esse cateter geralmente é fixado no pescoço, virilha ou região clavicular.
Este tubo será conectado a uma máquina de respiração artificial, o popular ventilador mecânico, a partir daí a máquina respira pelo paciente. Isso se houver respiradores no hospital.
Precisamos medir a pressão constantemente devido a queda da sedação ou até mesmo choque térmico, para isso instalamos um cateter na artéria do pulso para verificar a pressão arterial com mensuração fidedigna.
Quando o paciente não tem condições de se alimentar, passamos uma sonda nasoenteral para alimentação e é preciso de uma sonda gástrica para o esvaziamento gástrico. Para controlarmos o sistema hídrico instalamos também uma sonda vesical de demora que é introduzida da uretra até a bexiga, assim mensuramos a urina.
Se os rins forem prejudicados no processo medicamentoso o paciente precisará de hemodiálise. Instalamos um cateter calibroso na jugular no pescoço ou na virilha do paciente, o sangue passará pela máquina de diálise para ser filtrado e devolvido ao paciente.
Se o pulmão não responder como esperado o paciente ficará pronado (de bruços). Não há possibilidade de comunicação por fala, alimentação, movimentações simples como mexer no celular, por exemplo, porque o paciente estará em coma induzido recebendo administração de analgésicos e sedativos que garantam a tolerância do tubo.
Se um paciente de 44 anos sobreviver, perderá 40% de massa muscular, com fisioterapia de no mínimo 12 meses e associação de traumas na boca e cordas vocais na maioria dos casos. A recuperação é lenta, será preciso apoio para movimentações simples, acompanhamento médico constante, pode haver dores musculares severas, as úlceras por pressão (escaras) precisaram ser tratadas delicadamente. O paciente ainda precisará conviver com os danos dos efeitos colaterais por um longo período de recuperação.
Ainda não temos comprovações científicas suficientes sobre o uso de hidroxicloroquina. A cloroquina é usada no tratamento da malária, da artrite reumatoide e da lúpus, mas para o uso no coronavírus os especialistas cobram pesquisas mais aprofundadas efeitos colaterais do remédio, como arritmia cardíaca, cegueira, etc. Os resultados apresentados pela FioCruz revelou que o número de mortos pelo coronavírus foi equivalente entre os que receberam e não receberam a medicação.
Leia a Nota da Anvisa
PESQUISA AMERICANA SOBRE COVID-19
Uma equipe americana formada por especialistas da saúde, autoridades governamentais e empresários, se reuniram em New York para traçar um planejamento para uma epidemia global, o coronavírus.
A simulação foi realizada em conjunto com especialistas em saúde da Organização das Nações Unidas e dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA, o Centro para Segurança da Saúde Johns Hopkins, o Fórum Econômico Mundial e a Fundação Bill e Melinda Gates, para tentar prever, combater e prevenir a ação diante de um vírus nunca visto.
Quando o grupo de 15 pessoas terminou a simulação de três horas e meia, 65 milhões de pessoas tinham morrido, apesar de seus melhores esforços de combate. Na simulação pessoas de todo o mundo foram infectadas em seis meses, quando alcançou 18 meses tinha atingido 65 milhões de pessoas e causado uma crise financeira global.
Confira: https://futurism.com/neoscope/recent-simulation-coronavirus-killed-65-million-people
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