Mia é popularmente conhecida pelos filmes adultos que circulam na internet. Entretanto atrás desse esteriótipo existe uma mulher que foi enganada em sua juventude e é perseguida por radicais.
Ela tem 27 anos, nasceu em Beirute, no Líbano, em uma família tradicional católica. Antes dos dez anos a família se mudou para os Estados Unidos, onde se formou posteriormente no Bacharelado em Artes em História pela Universidade do Texas.
Em uma entrevista a BBC, Mia conta que lutou contra o sobrepeso durante a infância e não se sentia atraente, no primeiro ano de faculdade ela passou a perder peso significativamente, precisamente 23 kg, ela então passou a ter vergonha dos seios e optou por realizar uma cirurgia plástica; relata que a partir daí começou a chamar muita atenção dos homens.
Aos 21 anos ela trabalhava em uma lanchonete quando foi abordada por uma promotora que fez o convite para realizar trabalhos como modelo, ela topou, conheceu o estúdio, conheceu a equipe e entendeu do que se tratava. Mia assinou os contratos sem conhecimento jurídico e foi passada para trás sem perceber.
Mas ela esclarece:
“Eu realmente não me vejo como uma vítima. Eu não gosto dessa palavra. Tomei minhas próprias decisões, apesar de terem sido decisões terríveis.”
Segundo Mia, a decisão foi uma espécie de rebelião contra a criação ultra conservadora, ela quis ultrapassar alguns limites. Isso foi feito em poucos meses com seis vídeos que lhe renderam 12.000 mil dólares, enquanto a produtora Bang Bros e o site pornográfico PornHub lucraram cerca de 50 milhões de dólares. A atriz ainda se aventurou em alguns vídeos de webcam que são exibidos pelo mesmo site.
Ela esperava que os filmes fosse o seu segrego, mas uma gravação com hijab chamou atenção do Estado Islâmico que passou a ameaçá-la de morte que veio com uma montagem de alguém decapitado e uma imagem do apartamento onde morava no Google Maps. Ela se tornou a porn star número 1, batendo todos recordes de acesso.
A família logo descobriu e repudiou Mia e cortou todo tipo de contato com ela. Ela relata que foi excluída completamente e teve dificuldades de encontrar emprego, conseguiu trabalho em dois escritórios diferentes mas foi reconhecida e afetou as empresas, então ela optou por se afastar.
“Eles me deram um local seguro para trabalhar, sabendo do meu passado, mas eu me senti um fardo porque estava trazendo atenção indesejada para o escritório.” – disse em entrevista ao Hero Magazine.
Atualmente
Mia decidiu fazer terapia para conseguir lidar com a fama que acarretara sem esperar e superar os traumas pelo desprezo, ofensas e preconceito que lida diariamente. Depois de um tempo reativou a conta do Instagram (que havia cancelado na época).
Hoje ela é noiva, tem planos de se casar e ter um filho, conta que leva uma vida normal, não vai a baladas e festas, prefere o conforto do lar, esportes, partidas de futebol e o seu trabalho como modelo.
Ativa nas redes sociais, Mia criou uma grande legião de fãs que admiram a pessoa além do passado vilipendioso. Esses que hoje estão apoiando a modelo com o abaixo assinado Justice For Mia Khalifa que pede ao PornHub que pague os direitos de uso da imagem que Mia pede na justiça, já contam com 1.200.058 de assinaturas.
[clique aqui para assinar]
Nas suas redes sociais interage e agradece o apoio que está recebendo.
“(…) Os homens gritando comigo são os mesmos homens clicando em mim.” Mas foda-se, porque hoje à noite mais de 1 milhão de pessoas assinaram a petição para recuperar meu nome de domínio da B * ngBros e impedir a republicação constante. Obrigado a vocês … Eu sei que isso é uma MONTANHA de luta, mas precisamos mudar para futuras garotas, e o precedente precisa começar em algum lugar.”
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