A modelo, que era virgem, foi dopada e estuprada durante um evento que participava. Suas amigas negligenciaram ajuda.
Veja informações do caso disponibilizadas pelo jornal NDMAIS e no Twitter da vítima:
Entre as provas entregues, estão sangue, urina, roupas, provas testemunhais e periciais, confronto de material genético e o depoimento do abusador, o empresário André de Camargo Aranha, 42 anos, que atua com marketing esportivo e foi acusado por estupro de vulnerável.

O crime ocorreu dentro do Café de La Musique de Florianópolis, uma luxuosa franquia, no dia 15 de dezembro de 2018. A vítima foi convidada para trabalhar com embaixadora no beach club, sua função era promover a festa como anfitriã, divulgando fotos e conteúdos do local.
Junto com ela estavam um amigo, que ela convidou, e outras modelos do local. Mariana foi dopada no evento e estuprada pelo empresário, ela foi levada para o camarim do Café às 22:25h e desceu as escadas seis minutos depois. No vídeo ela aparece acompanhada do criminoso:
Ela chegou a pedir socorro para as amigas que a abandonaram no local, as amigas disseram que estavam em um local próximo, Mariana se dirigiu até lá e ao chegar, as amigas avisaram que já haviam se retirado. Sem ajuda e sem consciência, a modelo pediu um uber e ligou para a mãe completamente atordoada. No áudio que você pode ouvir abaixo.
No depoimento, a mãe contou que somente ao levar a filha para o chuveiro se deu conta do que tinha acontecido. Ela percebeu manchas de sangue na roupa e o odor de esperma. Ela relata “A roupa estava toda ensanguentada e com esperma, com fedor fortíssimo, um mal cheiro terrível.“
Imediatamente, a mãe procurou a delegacia para prestar denúncia do crime. O exame ginecológico com registro fotográfico junto aos laudos periciais confirmaram que houve rompimento de hímen e conjunção carnal. Mariana precisou tomar coquetel de medicamento por trinta dias para evitar o risco de contrair doenças sexuais.
A modelo passou a contar a sua história nas redes sociais em busca de justiça e teve sua conta no Instagram removida na época.
A 3ª Vara Criminal decretou um mandado prisão temporária que foi rapidamente derrubado 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça após a defesa pedir habeas corpus.
A Delegada Caroline Pedreira assumiu o caso. O criminoso foi interrogado por três delegados e assumiu ter subido as escadas com a vítima, mas nega o estupro. Outras testemunhas confirmaram que ele subiu junto com a vítima.
André Aranha topou conceder material genético para confronto com o sêmen encontrado na roupa da vítima, mas recuou após orientação dos advogados. A defesa alegou que ele não poderia fornecer tal material sem a confirmação formal que o IGP detinha o perfil genético do possível agressor para comparação.
Os investigadores entraram em contato com a defesa de André dias depois, solicitando o material genética e com a comprovação solicitada anteriormente, que foi negado. A lei garante que o acusado não forneça provas contra si mesmo, mas não proíbe que a polícia as colha através de vestígios externos.
A delegada, que já esperava a negativa, agiu com perspicácia e surpreendeu a todos: durante o interrogatório ela já havia colhido impressões digitais e saliva do copo que ele bebeu água.
O laudo pericial apontou que o valor de coeficiência de verossimilhança foi de dois septilhões entre a amostra questionada e a amostra de confronto apontam que é a mesma pessoa.
Os advogados pediram que o rosto dele não fosse divulgado, mas as imagens foram reveladas na internet:

Mariana passou a ser ameaçadas por frequentadores e trabalhadores do clube e por pessoas próximas a Aranha. Ela relata que o promotor que apresentou a denúncia em 2019 foi tirado do caso na segunda audiência e que o promotor atual ignorou as provas que foram enviadas para protocolar.
Hoje, o juiz Rudson Marcos, da 3ª Vara Criminal de Florianópolis, absolveu o empresário André de Camargo Aranha do crime, mesmo diante todas as provas apresentadas.