Damares Alves revela que Paulo Pavesi reivindica 20 milhões. Entenda o caso

Morando no exterior há alguns anos, Pavesi vem a tempos utilizando as redes sociais para cobrar atitudes legais à respeito do crime que desfez a sua família.

Nas redes sociais, sempre alegou ser vítima de ataques e ameaças e costumava dizer que não voltava ao Brasil por receio de sofrer algum dano.

Ele recebeu grande apoio nas redes sociais durante um longo período, até que se tornou um dos seguidores de Olavo de Carvalho e passou a discordar, excluir e até mesmo se indispor com os discordantes do guru.

Reprodução Facebook

Sara Winter já o atacou com duras críticas nas redes sociais, insinuando que ele “não sabia cobrar” da forma certa.

Pavesi chegou a ser ouvido na embaixada pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, mas não chegaram a nenhum acordo. Agora Paulo Pavesi está no Brasil e faz greve de fome em frente ao ministério – mesmo recusando ser atendido pela ministra – e reivindica um valor pela morte do seu filho.

Entenda o caso:

No dia 19 de abril de 2000 o filho de Paulo Pavesi, Paulo Veronesi Pavesi, com dez anos de idade sofreu um acidente doméstico e feriu a cabeça, ele então foi levado para o Hospital Pedro Sanches, em Poços de Caldas.

Sete médicos estiveram na sala de cirurgia com a criança.

O Ministério Público concluiu que houve irregularidades no atendimento prestado ao garoto, para que o quadro fosse piorado e seus órgãos fossem “doados”. Os órgão foram retirados e transplantados após os médicos declararem a morte encefálica, no entanto o MP condena o laudo e aponta irregularidades.

Foi instaurado o Caso Zero que reuniu diversos processos com as mesmas irregularidades praticadas pelos mesmos médicos e apontando o tráfico de órgãos.

Uma parte dos envolvidos no caso do menino Pavesi respondem atualmente pelo crime de remoção ilegal de órgãos e tecidos, uma médica foi acusada de homicídio e responde a uma ação penal de competência do júri. Um médico chegou a ser condenado pela retirada das córneas em outro processo, mas teve a prescrição punitiva reconhecida pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o que equivaleu à sua absolvição.

Em 2008 Pavesi pediu asilo a Itália e alegou sofrer constantes ameaças dos envolvidos na morte e no tráficos de órgãos do seu filho, passando depois a viver em Londres, na Inglaterra.

A ministra escreveu no Twitter:

Muita gente me perguntando aqui nas redes sociais sobre o Paulo Pavesi. Pedem para recebê-lo, para ouvir as demandas dele. Pois bem, acho que é hora de vocês saberem o que tem sido feito. Segue o fio.
O caso de Pavesi é acompanhado por nosso Ministério desde o ano passado. Ele foi recebido por nossa equipe no Consulado do Brasil em Londres. Todas as suas queixas foram ouvidas. Foi explicado sobre as limitações legais do Poder Executivo.
O Sr. Paulo Pavesi não aceitou bem. Queria que o governo brasileiro lhe fornecesse um meio de subsistência em Londres. Mas não há previsão legal para que o Governo assim o faça. Não há decisão judicial que autorize. Ficamos de braços atados.
Esta semana ele veio para a porta do Ministério e afirma que tem dormido na rua para fazer greve de fome. Enviamos nossa Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos para saber se havia novas reivindicações.
Também o convidamos a entrar no Ministério para recebê-lo. Ele afirmou que não queria ser recebido nem pela ministra, e que não sai dali até que o Estado Brasileiro deposite R$ 20 milhões em sua conta e quer anistia total de todas as ações sofridas por ele.
Eu me compadeço de sua história, mas não tenho competência legal para fazer isso. Uma ministra não pode tudo. Pelo contrário. Meus poderes são bastante limitados.
Entendemos que quem pode fazer algo por ele é o Conselho Nacional de Direitos Humanos, que têm competência legal expressa de promover medidas necessárias à sanção e reparação de condutas e situações contrárias aos direitos humanos.
Após ouvir suas demandas, nossa Ouvidoria Nacional encaminhou o caso dele ao Conselho Nacional de Direitos Humanos. Esse órgão é independente, ou seja, não tenho ingerência alguma sobre ele. Estamos trabalhando para ver se acolhem o pedido dele.
Enfim, esse é o relato. Pavesi se recusa a ser recebido, não quer ser ouvido. Hoje mesmo o convidaram novamente a entrar. Não quis. Não tenho poderes para indenizá-lo.
O que temos feito é avançar na discussão de políticas públicas para combater o tráfico de pessoas e de órgãos, em articulação com instituições de segurança pública. Chega de tanta injustiça como esta.
Até o próximo ano lançaremos um grande programa de busca por pessoas desaparecidas, e isto terá um grande impacto na luta contra o tráfico de pessoas. Esse tipo de crime tem que acabar e estamos trabalhando para isso.

No mesmo post, Pavesi rebateu:

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