Uma revisão do órgão regulador de medicamentos da UE concluiu que a vacina Oxford-AstraZeneca Covid-19 é “segura e eficaz”. Suspensão da vacina da AstraZeneca é procedimento de rotina e corrobora que o sistema de vigilância funciona e que controles eficazes estão em vigor.
(FILES) In this file photo taken on November 17, 2020 An illustration picture shows vials with Covid-19 Vaccine stickers attached and syringes, with the logo of the University of Oxford and its partner British pharmaceutical company AstraZeneca. – The University of Oxford and drug manufacturer AstraZeneca have applied to the UK health regulator for permission to roll out their Covid-19 vaccine, Health Minister Matt Hancock said on December 23, 2020. “I’m delighted to be able to tell you that the Oxford AstraZeneca vaccine developed here in the UK has submitted its full data package to the MHRA for approval,” he said. (Photo by JUSTIN TALLIS / AFP)
Segundo a CNN News, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) concluiu a investigação iniciada depois que 13 estados da UE suspenderam o uso da vacina por temor de uma ligação com coágulos sanguíneos. Uma revisão do órgão regulador de medicamentos da UE descobriu que a vacina não está associada a um risco maior de coágulos e concluiu que a vacina Oxford-AstraZeneca Covid-19 é “segura e eficaz”.
Cabe a cada estado da UE decidir se e quando recomeçar a vacinação com a vacina AstraZeneca. A Itália já anunciou que retomará a vacinação nesta sexta-feira (19).
A investigação da agência se concentrou em um pequeno número de casos de trombose venosa cerebral – coágulos sanguíneos na cabeça. Importante destacar que suspensões, pausas e outras ações quando há notificação de eventos adversos após a imunização são parte da rotina do monitoramento de imunizantes.
Quando a suspensão ocorre, não significa que há relação entre o evento e a vacina. Dois acontecimentos simultâneos não necessariamente podem ter uma relação de causa e consequência entre si.
O que o EMA disse exatamente?
Emer Cooke, diretora executiva da agência, disse em uma entrevista coletiva em Amsterdã: “Esta é uma vacina segura e eficaz. Seus benefícios em proteger as pessoas da Covid-19 com os riscos associados de morte e hospitalização superam os possíveis riscos.”
O comitê de especialistas da EMA em segurança de medicamentos, concluiu que “a vacina não está associada a um aumento no risco geral de … coágulos sanguíneos“, disse Cooke. Mas a EMA, acrescentou ela, não pode descartar definitivamente uma ligação entre a vacina e um “pequeno número de casos de distúrbios de coagulação raros e incomuns, mas muito graves“. Investigações adicionais estão sendo iniciadas, acrescentou a Sra. Cooke.
“Se fosse eu, seria vacinada amanhã“, acrescentou a Sra. Cooke. “Mas eu gostaria de saber se alguma coisa me acontecesse após a vacinação, o que eu deveria fazer a respeito e é isso que estamos dizendo hoje.”
O que disse a AstraZeneca?
A empresa diz que não há evidências de um aumento do risco de coagulação devido à vacina.
Informou que receberam 37 relatos de coágulos sanguíneos em mais de 17 milhões de pessoas vacinadas na UE e no Reino Unido até 8 de março.
Esses números foram “muito mais baixos do que seria esperado que ocorressem naturalmente em uma população geral desse tamanho e são semelhantes em outras vacinas Covid-19 licenciadas“, disse o relatório da empresa.
O professor Andrew Pollard, diretor do grupo de vacinas de Oxford que desenvolveu o jab Oxford-AstraZeneca, disse à BBC na segunda-feira (15) que havia “evidências muito reconfortantes de que não há aumento no fenômeno do coágulo sanguíneo aqui no Reino Unido, onde a maioria das doses na Europa [foram] dadas até agora“.
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