O Marxismo na Psicologia da Libertação: a Psicologia Social

Conhecida como Psicologia da Libertação, ou Psicologia Social, o tema reúne psicólogos militantes de esquerda da América Latina, através de foros e mídias sociais para alavancar a ideologia marxista.

Por Luciana O Garcia

O padre jesuíta Martín-Baró, um espanhol de ideais marxistas que também era filósofo e licenciado em psicologia, que desenvolveu a Psicologia da Libertação em El Salvador, América Central. 

Baró, não seguiu os princípios da psicologia tradicional, ele escolheu desenvolver sua própria psicologia, nutrida com uma visão ideológica esquerda-marxista, o filósofo/psicólogo adotava jargões como opressão, injustiça social, extrema direita, além de diversas falas feministas, em suas publicações acerca da “sua psicologia”, um dos seus escritos cita “a mulher nos meios de comunicação massiva (MCM)”.

No livro: Psicologia Social de La Guerra, página 5, Baró diz que:

“A desumanização em suas formas mais óbvias, que são os assassinatos e torturas políticas, não é um mero resultado acidental da guerra e sim um recurso que ocupou o lugar central na estratégia de contra-insurgência. O matar, mesmo que em combate e por uma causa que acredita ser justa, também é desumanizante, especialmente quando há indiferença, ou pior ainda, complacência. Mas existem outras maneiras de desumanização mais sutil, embora não seja menos real e perniciosa, como é a perda total de apreciação pela verdade no desejo de desenvolver ou manter o domínio ideológico ou a corrupção gerada em uma situação de crise econômica aguda e caos institucional.”

Dentro dessa frase podemos lembrar dos regimes dos irmãos Castro, de Che Guevara, Lamarca, Marighella, Maduro, Kim Jong-un, que em suas atuações disseminaram o caos, mataram pessoas e grupos. Baró ignora os fatores presentes em uma guerra e distorce os valores de justiça. No entanto, não falha ao afirmar que os mecanismos de controle por ideologias é uma das piores práticas de desumanização, porém, o que ele aponta como fator emergente é amplamente praticado pelo regime da ideologia que ele apoiava. Esse tipo de escrito não se trata de uma crítica, mas da disseminação ideológica a ser aplicada.

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Frases em apoio ao feminismo também podem ser encontradas no livro: La Mujer Salvadorena Y Los Medios de Comunicacion Masiva:

“A mulher se encontra integrada a uma ordem social hierárquica, dominada por valores impostos pelos homens. A ordem social não aparece em um ambiente natural, portanto inquestionável. É a vez da mulher aceitar a ordem e assumir os papéis que nacionalmente lhe é designado. As mudanças nos papéis que ela desempenha ou nos comportamentos que são permitidos não implicam na modificação essencial da ordem existente. Por exemplo a única coisa que atinge grande parte da libertação feminina, transmitida nas séries norte-americanas, é uma diminuição (relaxamento) dos controles morais sobre as relações sexuais das mulheres, não uma mudança na distribuição de poder e autoridade social em relação o homem e a mulher.”

A citação reforça o condicionamento ideológico atual de opressão, visto que nos dias atuais mulheres possuem todos os direitos que os homens possuem, são capazes de assegurar independência financeira e matrimonial, representam cargos de autarquia, são porta-vozes de grandes empresas e setores, inclusive possuem liberdade sexual.

Com duras críticas aos militares, Baró falava sobre uma psicologia comunitária e sua atuação se assemelha muito a de Paulo Freire. Podemos observar o que ambos têm em comum, além do fascínio ao comunismo, ao lermos alguns escritos de Baró: 

• El pulso del tiempo; guerrilleros y hippies (O pulso do tempo; guerrilheiros e hippies)

• El complejo de macho o el “machismo” (O complexo machista e o machismo)

• Una nueva pedagogía para una universidad nueva (Uma nova pedagogia para uma nova universidade)

• El psicólogo en el proceso revolucionario (O psicólogo no processo revolucionário)

• El llamado de la extrema derecha (O chamado da extrema direita)

• Hacia una psicología de la liberación (Para uma psicologia da libertação)

• Sistema, grupo y poder: psicología social desde Centroamérica II (Sistema, grupo e poder: psicologia social da América Central II)

• La institucionalización de la guerra (A institucionalização da guerra)

• Religion as an Instrument of Psychological Warfare (Religião como Instrumento de Guerra Psicológica)

• Psicología social de la guerra (Psicologia social da guerra)

• El método de la Psicología política (O método da psicologia política)

• Acción e Ideología (Ação e ideologia)

O padre Ignacio Martín-Baró teria sido morto pelo ex-coronel salvadorenho Inocente Montano. O patrono do que conhecemos hoje com psicologia social teve influência na América Latina.

Para conhecimento

O Padre Alberto Abib Andery era orientador de católicos progressistas militantes da JOC (Juventude Operária Católica), na comunidade José Cardijin, situada no Sertão da Quina em Ubatuba. 

Os encontros contavam com a presença de ex-militantes oriundos do setor progressista da Igreja Católica, das Pastorais Sociais – sob orientação da Teologia da Libertação, da ACO – Ação Católica Operária.

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Psicologia Social no Brasil

No Brasil, a continuidade tem como referência Silvia Lane, filósofa formada na USP. Silvia se formou em técnico em secretariado na tradicional escola paulista Mackenzie, Lane ingressou seus trabalhos de filósofa, com objetivo de reformular o ensino no Brasil, posteriormente foi convidada a ministrar aulas no curso de Psicologia na faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da PUC/SP, onde iniciou sua psicologia social, o curso reunia a militância operária de Alberto Abib Andery.

Lane não se formou em Psicologia, apesar de ganho uma bolsa no Wellesley College, Mass., nos Estados Unidos, ela chegou a pleitear um diploma, mas foi negado.

Em um artigo assinado por Ana Bock, fiel aluna e seguidora da “obra”, é citado que para Sílvia Lane teoria e prática deveriam ser vividas como militância. O mesmo artigo, trata a psicologia tradicional como elitista.

Scielo

Scielo

Em 1976, Lane inicia o contato com outros psicólogos sociais da América Latina. Nomes como Martín-Baró (El Salvador), Maritza Monteiro e Maria Auxiliadora Banchs (Venezuela), Gladys Montecinos (Peru), Fernando Gonzáles Rey (Cuba) faziam parte do grupo. A admiração por Freire e a Pedagogia do Oprimido proporcionaram um íntimo interlocutor, como vemos na frase da própria Lane:

Sem dúvida, o marxismo, como postura epistemológica, estava na minha cabeça, como proposta para superar a ideologização da nossa ciência. E foi um desafio encontrar um eixo marxista para desenvolver uma nova psicologia social (Lane, 2000).

Silvia foi uma das fundadoras da APROPUC (Associação de professores da PUC-SP), atuou durante a intervenção militar em 1968, foi membra fundadora da ALAPSO (Associação Latino Americana de Psicologia), presidiu a ABRAPSO até seu falecimento, participou do SIPI (Encontros Internacionais realizados pela Sociedade Interamericana de Psicologia) e viajou pela América Latina, financiada pela CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), para propagar a psicologia social nos países: Colômbia, Cuba, Equador, México, Peru e Porto Rico.

Lene morreu em 29 de abril de 2006, com 73 anos, em decorrência do câncer.

O ideal marxista psicológico prosseguiu

Seminários, congressos e fóruns fizeram parte dos encontros que levaram adiante as pautas definidas entre os colaboradores. 

A “psicologia política” foi inserida e tomou espaço da psicologia científica, inserindo no âmbito técnico ideais ideológicos da psicologia social como marxismo, feminismo, aborto, drogas, como uma das principais pautas do (que chamam) Direitos Humanos.

Alguns jargões foram adotados pela autarquia de psicologia brasileira como resistência, coletivismo, enfrentamento, psicologia feminista, dentre outros. A bandeira ideológica é amplamente divulgada pelo Conselho Federal de Psicologia, pelos Conselhos Regionais de Psicologia e por seus representantes diretos e indiretos que mantêm vínculo com o órgão regulamentador.

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Ana Bock, ex presidente do CFP e parceira do órgão:

Pagamentos a eventos do Movimento Sem Terra (MST) e cultura LGBT:

Rogério presidiu o CFP e tietou Maduro, participou de eventos da CUT:

O Conselho Regional de Psicologia da 5º Região (São Paulo) sediou eventos como o “blocolândia” em apoio a cracolândia, local brasileiro com maior índice de usuários de drogas, promoveu eventos feministas:

O Conselho Regional de Psicologia da 15º Região (Alagoas) distribuiu no carnaval um manual de como usar drogas:

Nas eleições passadas grupos ligados a chapa eleita (Cuidar) promoveram orientações para que fossem desvinculados do Partido dos Trabalhadores para não perder votos:

Evento feminista em comemoração do dia das mulheres do CRP SP:

Homenagem a Iara Iavelberg, mulher do guerrilheiro Lamarca, ambos militantes comunistas:

Apoio para legalização do aborto:

Gianini exalta Lula durante evento psicológico, infringindo o Código de Ética em seu artigo segundo que afirma que é VEDADO ao psicólogo induzir convicções políticas e ideológicas durante exercício da profissão:

A live protagonizada pelo Conselho Regional de Psicologia da 4º Região (Minas Gerais) em apoio a Pedofilia causou revolta em psicólogos, profissionais de saúde e pais, que assinaram o Manifesto de Psicologia Contra a Pedofilia.

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Afinal, o que é a Psicologia Social?

Trata-se de uma conexão da psicologia com a sociologia, antropologia e ciências políticas. De natureza ideológica, desenvolve-se na área dos coletivos em atuação no campo do contexto social em que o indivíduo está inserido como por exemplo status social, estereótipos, dialéticas, etnografia.

Arthur Ramos ministrou o curso de psicologia social na Universidade do Distrito Federal no Rio de Janeiro em 1935.

Atualmente, a abordagem exerce grande influência nos cursos de graduação. O que tem sido alvo de queixas por muitos alunos insatisfeitos.

Entidades prosseguem na abordagem que segue o padrão ideológico marxista e defendem pautas relacionadas a agenda que a esquerda desenvolve:

A União Latino-americana de Entidades de Psicologia (ULAPSI) por exemplo, defende em seus manifestos tema como:

Lula Livre

Aborto

Demarcação de terras indígenas

https://abrapso.org.br/

Reflexos na ética

Conforme a política ideológica se infesta pelos cursos de graduação em psicologia, a profissão é sucateada de dentro para fora, a ciência é distorcida e ignorada, em tom de “conhecimento” social teóricos comunistas como Marx, Engels, Trotsky, Lênin, Foucault, Beauvoir, Guevara, irmãos Castros, dentre outros, estão sendo introduzidos nos cursos do país.

Conforme a agenda política ideológica avança nos Conselhos de Psicologia, mas é possível acompanhar falta de ética dos profissionais e, obviamente, o rebaixamento da classe. O que tem causado rejeição do atendimento psicoterapêutico, prejudicando não somente psicólogos mas o acesso e tratamento de pessoas que necessitam de acompanhamento mas rejeitam a profissão devido ao posicionamento dos seus principais representantes que violam o próprio código de ética.

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