Uma testemunha revelou os encontros e afirmou que o presidente pretendia levar as drogas para os “gringos”
Juan Orlando Hernández mantinha contados com o narco Geovanny Fuentes Ramírez desde 2013, o criminoso teria pago suborno de milhões para apoiar a campanha presidencial. Ramírez está sendo julgado em Nova York por tráfico de drogas.
As reuniões aconteciam nos escritórios da empresa de arroz Graneros Nacionales, que foram gravadas por câmeras de segurança, os recebimentos eram efetuados nos escritórios e se tratavam de cheques mensais no valor de 250.000 lempiras.
Um contador disse que sentia medo ao entrar no escritório para contar o dinheiro. O presidente declarava que seriam intocáveis e que iria colocar droga nos gringos debaixo do nariz deles, sem que percebessem.
Ainda, segundo a testemunha, Hernández teria dito a Ramírez que estava interessado que ele trabalhasse em seu laboratório de drogas, que não precisava se preocupar porque o procurador geral da república, Oscar Chinchila, o protegeria. A testemunha também presenciou a transferência de drogas feita com apoio de militares.
O dinheiro da propina foi colocado em três agências bancárias, para facilitar a lavagem.
O presidente também teria desviado fundos do sistema de seguridade social hondurenho e teria declarado: “estamos roubando melhor do que nos dias do ex-presidente Rafael Leonardo) Callejas e ninguém pode fazer nada contra nós”
A testemunha fugiu de Honduras, depôs para agentes do FBI (Federal Bureau of Investigation), fez cópias das reuniões que foram entregues a procuradora Marlene Banegas, que foi assassinada em 2014.
Hernández também recebeu propina de Devis Leonel Rivera, outro narcotraficante, para permitir drogas no país e proteger comparsas na prisão.
O ex-líder o cartel Los Cachiros testemunhou informando que uma prisão de Nova York tinha fotos e vídeos mostrando o presidente no recebimento de cocaína vinda da Colômbia e distribuída a partir dos aeroportos de San Pedro Sula e Tegucigalpa.
Maradiaga se rendeu a prisão nos Estados Unidos em 2015, onde está mantidos. Ramírez foi preso, também nos EUA, em 2020.
O presidente nega as acusações. O irmão dele, Tony Hernández, também pode ser condenado por tráfico de drogas.
- O ano mais badalado da NASA em décadas
- Eleitora bolsonarista acusa USP de tráfico de drogas e outros crimes
- Tarot associados com técnicas terapêuticas. Saiba tudo
- Estudos demonstram que saúde pública precisa se preocupar com COVID Longa
- Revelada a primeira foto do buraco negro supermassivo da nossa galáxia
Deixe um comentário