O centro de Umbanda Omoloko Tesabavocacru, comandando pela Yalorisá Flávia D’ Oyá
Completando em novembro desse ano dez anos de existência, o centro Tesabavocacru se mantém envolvido em diversos trabalhos sociais de caridade e ajuda ao próximo, levando as pessoas que mais necessitam: suporte, acolhimento, amor e ensinamentos. Tudo feito gratuitamente, com muita dedicação e arrecadação da Yá, que se desdobra para oferecer o melhor aos filhos de santo e a população carente, e dos filhos da casa que se envolvem completamente em todas as ações.
Yá Flávia D’Oyá
Mãe de seis filhos, Flávia sempre trabalhou fora para trazer sustento para mesa, teve jornadas árduas ao longo da sua caminhada, hoje, além do seu trabalho, conta com a ajuda dos filhos. Uma verdadeira história de superação, venceu as dificuldades da vida com fé, como ela faz questão de lembrar.
Sempre com um sorriso no rosto, Flávia não perde tempo com lembranças tristes, conta com alegria sobre seus filhos carnais e seus filhos espirituais, realiza com felicidade os trabalhos espirituais. Comprometida, segue a risca o protocolo, “o sagrado vem em primeiro lugar” – ela ressalta.
Bem humorada, costuma brincar e fazer boas piadas. Possui um ânimo contagiante, alegra o ambiente e faz quem está perto vibrar positivo.
Como mãe (carnal) demonstra muito amor e carinho pelos filhos, é muito presente e muito participativa. O amor é recíproco, os filhos mostram a todo tempo o grande respeito que sentem pela mãe.
Flávia conheceu a espiritualidade cedo, mas só descobriu a sua religião muitos anos depois, não pensem que foi fácil, seu caminho foi de muita luta até ser consagrada Yalorisá.
Seu terreiro completa dez anos no dia 18/11/2021 e reúne quinze filhos de santo que seguem a risca as diretrizes. No terreiro a conversa muda, Yá Flávia é séria e perceptiva, parece outra pessoa. É nesse momento que as brincadeiras ficam para depois e ela assume a liderança com maestria.
A Yá Flávia declara
“A Umbanda pra mim foi e é uma luz que me guia que me abraça que me da forças quando enfraqueço e um caminho onde encontro paz. É muito importante, porque estou sempre conhecendo pessoas novas e também uma luta diária onde muitos só lhe procuram quando precisam.
Aprendi a lidar com a gratidão e principalmente com a ingratidão, onde passei a ver algumas pessoas com um olhar diferente e também fui a cada dia me fortalecendo espiritualmente.
Os guias, orixás e entidades são meus confidentes!
Fui iniciada no candomblé em 2007, mas antes já frequentava a umbanda a mais de dez anos. Então pedi autorização do Orixá para tocar a minha umbanda omoloko.
Daria um livro falar sobre a umbanda omoloko. O que posso garantir é que eu amo tudo isso.
Mesmo que eu encontre pedras pelo caminho, eu retiro e vou seguindo com amor, com fé e com muita confiança.
Saravá, Ubuntu, Zambê, Upungó abençoe VOCÊS.”
Muito respeitada pelos filhos e pelos guias da casa, presta centenas de trabalhos espirituais, a agenda é cheia. O que choca nessa entrevista é quando nos deparamos com um detalhe, ao contrário do que vemos na popularização religiosa, a Yá não custeia trabalhos espirituais de forma comercial, ela enfrenta trabalhos, energias, frio ou calor com uma determinação “eu cumpro a vontade de Deus, em primeiro lugar, dos Orixás e dos guias, esse é o meu papel” – ela pontua firmemente.
Os relatos dos filhos são emocionantes:
Lorena: Minha mãe, primeiramente, é a pessoa mais importante que eu tenho na minha vida, foi a mulher que me deu a vida, que me acolheu em seus braços, que me deu o aconchego, o carinho, o amor, que me ensinou o que é o amor, respeito, lealdade, honestidade, caridade. Eu agradeço todos os dias por Deus ter me presenteado ela como minha mãe, e além do mais, como minha zeladora, minha sacerdotisa, minha Yalorisá.
Ela é um grande exemplo na minha vida, me espelho nela. Com toda certeza do mundo, é uma grande mulher, batalhadora, honesta, que luta pelos seus filhos e dá o sangue, além de cuidar dos filhos de santo e das pessoas de fora com todo amor, carinho e respeito, ela nos ensina sempre o certo, mesmo com toda dificuldade sempre está ali para atender o próximo, ela quem criou eu e meus cinco irmãos sozinha e até hoje faz de tudo por nós. E eu repito: se Deus me desse a oportunidade em outra vida, com certeza eu gostaria de ser filha dela novamente, pois mãe igual a ela não encontraria.
Tenho orgulho de ser filha dela, tanto carnal quanto espiritual, é minha zeladora! Te amo, mãe, a cada dia que passa. Eu estarei aqui com ela em todos os momentos, juntas na luta da vida e nas espirituais, estou com ela nessa caminhada desde quando ela iniciou no candomblé, íamos na assistência, e depois, quando ela abriu o terreiro, sempre estive com ela, não largo mão e segurarei a mão dela até quando Deus, os Orixás e os mentores e guias permitirem. Estamos juntas nessa jornada que já se vai quase dez anos com o terreiro. Graças à Deus.
Te amo muito mãe. Obrigada por cada aprendizado e por cuidar com todo carinho de mim, dos meus irmãos carnais, do meu santo que é Oxum. Oyá, Zambi lhe proteja e cuide para que a cada dia esteja mais forte, estabilizada, para podermos seguir firme e forte na macumba. Saravá, sua bênção.
Dofona: Bom o que é a Flávia na nossa vida? Vou dizer não só como filha de santo , mas como filha carnal. Minha mãe sempre foi uma mulher que lutou muito pelos seus objetivos, mesmo quando familiares disseram ou até torceram para que as coisas não dessem certo na vida dela. Ela sempre foi uma guerreira na vida, no espiritismo principalmente. Já passou dificuldade, teve seus medos, suas culpas, mas nunca desistiu de conseguir o que ela queria. Tenho orgulho de ser filha dela, não só carnal, espiritual também!!! Na vida perdemos um pai, mas ganhamos a melhor mãe do mundo, que faz o melhor papel de pai que vocês possam imaginar. Te amo muito minha mãe!
Taciana: Sou Taciana, filha de santo da mãe Flávia D’Oyá. Além de ser filha de santo, Deus e os Orixás me deram a oportunidade dela ser a minha esposa, mas falo: a partir do momento que ela vira a Mãe Flávia as coisas são sérias! Bato sim a cabeça para ela, e com todo orgulho, e faço tudo o que meus irmãos de santo fazem dentro do terreiro.
Ela é uma mãe que se preocupa com os filhos espirituais, passa sabedoria para nós e, como todas as mães, se decepciona com os filhos, mas jamais vira as costas para ninguém.
É uma mulher guerreira, que já passou por várias situações e ainda passa, tem vários traumas e feridas, é uma mulher que é até difícil falar sobre, pois é grandiosa e não é atoa que me apaixonei por ela e até os seus defeitos eu também gosto, as vezes dá um medo, afinal ela é filha de Oyá e ela carrega a ventania, o caráter, tem um coração grande, porém não é boba, espera o momento certo de agir, não há falsidade com ela, se gosta bom e se não gosta melhor ainda, se ela tiver algo para falar, fala pessoalmente, é uma amiga para quem merece sua amizade. Os deveres ela executa com muita dedicação e determinação, com muito respeito e muito amor.
É uma mulher que não tem inveja e tão pouco deseja o mal para as pessoas, mesmo muitos querendo o mal dela. Como ela mesmo diz: “Quem tem luz própria incomoda quem está no escuro”.
Você, mãe Flávia D’Oyá, meu amor, você tem tudo isso! Feliz aquele que tem você ao lado, passaria tempos e tempos falando que é você e sempre teria mais a acrescentar, o que posso dizer para finalizar é que você é incrível.
Gislene: (…) gratidão por tudo, por sempre nos ensinar o melhor, por ensinar a ser mais humilde, a pensar no próximo. Que continuemos unidos fazendo caridades. Yalorisá maravilhosa que a senhora é, sua bênção mãe, gratidão sempre. (…) fui acolhida pela mãe Flávia, meus irmãos, gratidão pela paciência e dedicação, fazer a caridade é uma dádiva divida, gratidão por tudo.
Daniele: comecei ter contato com a mãe Flávia por telefone, conversamos bastante, decidi conhecer seu terreiro e fui para cidade sem conhecer ninguém, só com a fé nos orixás, fui recebida pela mãe na rodoviária, conheci o terreiro, a família omoloko, fui muito bem recebida pelos meus irmãos de fé, passei uma semana no terreiro, uma experiência muito produtiva para minha vida, aprendi muito com tudo. Saliento a importância que é ser filha da mãe Flávia, é ser acolhida, amada, a mãe nunca deixou um só dia de saber como estou, isso faz uma enorme diferença.
Tayla: conheci a mãe Flávia e a umbanda através de um jogo de búzios, enfrentava algumas dificuldades e estava num momento difícil, a mãe Flávia me acolheu quando eu mais precisava de apoio, já tinha perdido as esperanças em um tratamento da minha filha, a mãe Flávia nos recebeu no terreiro e todos irmãos nos acolheram, me tornei filha, sou grata a oportunidade de aprender, pela paciência comigo e com a minha filha que melhorou plenamente. Decidi entrar para umbanda para poder ajudar pessoas assim como eu. Gratidão mãe Flávia e todos irmãos.
Bruna: (…) muita gratidão por ter sido acolhida por essa grande Yalorisá, pela ajuda e tratamentos que sempre recebo. Que Deus e todo o sagrado dê muita luz, saúde e prosperidade para a senhora, grande mãe Flávia, que dirige essa casa com tanto carinho. Que juntos possamos continuar ajudando a todos que precisam, é lindo o trabalho da nossa umbanda omoloko que é caridade, humildade, paciência e movimento, só tenho a agradecer.
Luciana: faltam palavras para descrever o que a mãe Flávia é para mim, mais que um porto seguro é um exemplo de sabedoria, dedicação, amor a Deus, aos Orixás, aos guias, exemplo de mulher, de mãe. Só tenho a agradecer por ela existir na nossa vida e por fazer parte dessa família maravilhosa.
Cláudio: Conheci a mãe Flávia depois de desacreditar da religião, por experiência ruins, com pessoas ruins. A mãe entrou na minha vida e me mostrou o valor da espiritualidade, o que é amar e respeitar os Orixás e os guias e em como há sinceridade e verdade, ainda que raríssimo de se encontrar, na nossa religião. A mãe Flávia é muito mais que uma mãe de santo, é uma mãe mesmo que se preocupa, dá bronca, ri junto, chora junto, comemora junto, é uma amiga que escuta, que compartilha, que soma, que é confiável, e é uma pessoa de muito caráter, atua na espiritualidade com muita honestidade, com muito rigor e isso pra nós filhos é bom, porque aprendemos o quando devemos dar valor a quem nos ama e nos cuida.
Amor e Caridade
Reunidos prestam solidariedade por onde passam. Inúmeras doações são realizadas ao longo do ano: cestas básicas para quem necessita, café da manhã para moradores de ruas, roupas e cobertores que são estendidos em locais públicos, doces para crianças em comunidades carentes e orações, muitas orações, para pessoas que necessitam e pacientes internados em decorrência do covid-19.
Todos filhos se reúnem para arrecadar o que é necessário para prestar a solidariedade, seja alimentos, velas, roupas ou recursos para aquisição dos materiais necessários para levar socorro a quem pede.
Yá Flávia relata que a demanda tem crescido muito e que sem ajuda, por isso foi criado a campanha virtual para que arrecadações possam suprir os trabalhos de auxílio que continuam a todo vapor.
Veja como doar
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